Natal velho e Natal novo!

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Para cada Natal uma nova prioridade, não pela quadra em si, mas pela proximidade de mais um final de ano. No Natal novo, o de hoje, não encontrei nenhuma similaridade com o Natal velho, o de ontem. Sou uma pessoa nova, diferente, mais exigente e ainda mais consciente. Neste Natal tive corações novos, que entraram para encher o meu e é com eles que vou aprendendo a arte de acrescentar. Neste Natal, ao contrário do anterior, estou em mudança externa, bem maior do que a interna. Mas neste Natal, tal como nos anteriores, algumas pessoas não seguirão em frente e permanecerão tão-somente uma lembrança. Para cada Natal a esperança amplia-se e consigo ver-me ainda maior, mais intensa (para mal de uns quantos) mas bem mais capaz de abrir as mãos para quem as saiba segurar. 

Natal velho e Natal novo, apresento-vos a que era e a que sou. Tanto que deixei de ser e tantos doces-amargos provei em cada um dos que já estão tão lá para trás, que nenhuma lembrança é capaz de me escurecer os sorrisos que mantenho, comigo e por mim, porque sou a fazedora e faço sobretudo amor para distribuir.

Já me despedi de alguns, desejando-lhes o melhor deste mundo e sentindo que apenas assim poderei continuar, sem rastos que possam ser seguidos e sem os olhares que nunca me viram. Vou deixar para o resto da semana, até ao dia 31, mais uns quantos recados, limpando de mim e de tudo o que me movimenta, quem não passou nos meus testes, que mesmo não sendo demasiado rigorosos, são de peneira estreita.

Natal novo, leva todos os velhos quando te fores e não permitas que voltem para me ensombrar, eu sei que cuidarás de lhes responder ao que não tiveram coragem de me perguntar, assegurando-lhes que sou da consistência a que me obrigam, cedendo tantas vezes quantas confie que merecem segundas e terceiras oportunidades, mas depois, depois de me ordenar que pare, parar será sempre a opção mais viável. Natal novo, enquanto andares por aqui, podes ir espreitando o que virá e sei já, de antemão, que vais validar cada decisão, porque eu só sirvo depois de me ter servido convenientemente!

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