Nunca me ensombro com o que correu mal. Nunca me permito ficar, demasiado tempo, no chão se me magoarem, porque não controlo quem chega, nem a forma como alguns se construíram, nem me cabe mudá-los. Nunca metralho demasiado o cérebro com os porquês de algumas almas, porque algumas são desprovidas de qualquer conteúdo e apenas deambulam por aqui. Nunca as culpo, mas também não desculpo os erros premeditados, porque sermos adultos acarreta responsabilidades. Nunca passo mais dias do que os meus dias me permitem, a tentar encontrar razões onde elas não existem, porque as minhas energias são o que me mantém capaz de ir derrapando nas pessoas erradas.
O que me forço a fazer, sempre que estiver próxima de mais um final de etapa, é balançar os pratos que até agora estiveram sempre desequilibrados. O que já desisti de querer explicar, até porque não o sei fazer, é porque razão teremos por aqui, neste pedaço de mundo que pertence a todos, quem não sirva para coisa alguma. O que quero e isso já sei que vou conseguir, é mudar-me, mudando quem estiver no meu percurso e sendo lembrada pelas coisas certas. O que exijo, a mim, sempre a mim, é saber quem deve ficar ou partir.
Sou a pessoa mais acessível, abnegada e disponível que encontrarão, mas serei igualmente a mais determinada a fechar portas com 3 voltas de chave, a intransigente se não estiverem à altura e a indisponível sem qualquer regresso. Sou muito para os que tiverem tudo, mas serei nada para quem apenas ocupar espaço. Sou a que terá muito mais para fazer acontecer e por isso mesmo nunca farão falta se não se mostrarem essenciais.
Posso desistir de todos, mas nunca de mim e é bom que estejam certos de que uma vez tendo desistido, só se o sol nascer ao contrário mudarei de opinião!
0 Comentários