A realidade supera na maioria das vezes a ficção e nunca é tão colorida, ou sequer amiga dos sonhos, por isso mesmo é que pensar antes de agir de impõe, sempre e a cada momento!
Se o arrependimento matasse, tantos que cairiam durinhos à minha frente, frios e impróprios para consumo. Na verdade não caiem assim, caindo mesmo, se é que me faço entender, mas dão tombos que deixam marcas e ficam sinalizados para análise futura. Se o arrependimento matasse, mesmo, talvez as burradas fossem menos graves e os olhares pousassem em quem deveriam, excluindo quem apenas faz número. Se o arrependimento matasse, eu também já teria esticado o pernil, sobretudo por ter permitido que uns quanto me enublassem os dias, quando me esforço tanto para os manter da cor que me move. Se o arrependimento matasse, não faríamos experiências com os outros, as tais que eu apenas concebo em laboratório. Respeitaríamos mais quem nos toca e decide incluir, e pararíamos de querer parar o curso da vida, porque ela é como a água, não há rocha que a impeça de avançar. Se o arrependimento matasse, talvez tivesses feito a escolha certa, até porque já sabias o que escolher. Se o arrependimento ao menos ensinasse alguma coisa, não se repetiriam erros absurdos e infantis e tanto que iremos pagar por cada um...
Querem saber de onde me vem a serenidade e tantas certezas? De tudo o que faço, por mim e por quem importa. De cada pedaço de tempo que me dispenso, a perceber para o que sirvo e quando. De todos os olhares que dispenso para quem olho mesmo. Dos toques que têm sabor, porque apenas tocando saberei o que levo e trago. Dos minutos que transformo em horas produtivas, usando os pés para sentir o chão, mesmo que magoe. ~
Tenho arrependimentos, como cada mortal imperfeito, mas deixei de me arrepender do que faço, porque faço sempre o melhor para mim. A minha importância é a que me atribuo e quem não for igualmente importante, será rapidamente esquecido, assim que decida estar arrependida!
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