Achaste, MESMO, que iria esperar por ti? Achaste, em algum momento, que eu não sabia do que falava? Consideraste que era um capricho, ou uma forma de pressão? Pois...
Sou das que tem sempre alguma coisa válida para dizer, porque o que sinto é igualmente válido e precisa de ser respeitado. Sou das que nunca quer metades, nem migalhas, e que não cede no TUDO que alguém terá que me dar, porque sou inteira, dou sem reservas e preciso de saber quem me envolve, como se chama, de onde veio e para onde planeia ir, comigo.
Achaste, mesmo, e por algum momento, que eu não seria capaz de encontrar quem preciso? Achaste, mesmo, que me manteria cega, quieta e desprendida dos outros, para me prender a ti? Achaste, mesmo, que não haveria quem me quisesse dar o que tanto te pedi?
Será que já tiveste forma de sentir, o sabor que permanece na boca, quando nos insultam a inteligência? Será que já te esbofetearam, sem mãos, quando te querem fazer ver o que nunca existiu? Será que continuas apenas a contar contigo?
Não sei se estás errado e se a tua forma de ver a vida até não te será mais conveniente, mas o que sei é que jamais voltarás a tropeçar na felicidade, outra vez, como fizeste quando deste comigo. Vais certamente ainda ter muitos mais corpos, com meias entregas, com as dúvidas de que és feito e acabas a passar aos outros. Vais dar beijos calorosos, e ter toques que te despertam, mas vais, e isso sou eu quem te garante, lembrar-te muitas vezes de mim, porque o que te dei em tão pouco tempo, foi o que nunca tiveste.
Achaste, mesmo, que eu não seria capaz de te deixar no lugar certo, naquele que estavas antes de eu te amar como já fiz?
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