Quando estamos sozinhas ganhamos umas manias da merda, mas são as nossas merdas, de mais ninguém e por isso não incomodam, a não ser... Pois é, mas como é que alguém depois se adapta e entra na nossa vida com tantas manias? Ainda não sei a resposta a essa pergunta, nem sei se quero alguém na minha vida. Gosto dela. Gosto do que faço com ela, gosto dos espaços e dos momentos que crio para mim. Pronto, já disse!
Falo ao telefone durante horas, com uma das meninas e faço tudo o resto em casa, acabo com uma dor atroz no pescoço, mas nada fica por dizer, não nesse dia. Não sou totalmente livre, tenho filhos, mas eles sabem como se adaptar, temos rotinas bem orientadas e já consigo ter o meu tempo. Consigo respirar, dançar até que me doam as coxas, tomar duches longos, sair nua da casa de banho, ah e não menos importante, masturbar-me. Pronto, já podem fechar a boca. Mas a propósito, digam-me qual é a mulher numa relação que o faz sem problemas de consciência e sem achar que está a trair o dito cujo? Pois, algum bem há-de advir da coisa, de estar sozinha.
Quando estamos sozinhas demasiado tempo, dividir torna-se complicado, mas possível, digo eu para me convencer. Depois certamente que poderei escrever sobre o assunto quando o viver, ou não, isto de acumular manias como se de troféus se tratassem, dificulta muito a capacidade de ver para além de nós mesmos. Nunca nada será perfeito...
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