Temos que saber aceitar e seguir em frente, porque a vida traz-nos desafios constantes, pessoas em forma de testes, à nossa perseverança, à capacidade de nos adaptarmos e de mudarmos o que não estiver bem. Se vencermos esses desafios, que são constantes, teremos como aceitar e seguir em frente, de contrário, esperam-nos muitas noites em branco!
Nunca fui mulher de ódios, mas já tive enormes amargos de boca e pessoas que conseguiam arrancar o pior de mim e deixar-me a espumar da boca. Olhem que não estou a exagerar, mas na inevitabilidade aceitamos, deixamos de olhar tudo como uma guerra aberta e cedemos, afinal de contas lutar obriga a um grande gasto de energias, mas que simplesmente não resolve porque não muda os outros.
Tenho a lamentar algumas decisões que falhei tomar com algumas pessoas, a minha própria incapacidade de lhes mostrar que comigo teria que ser da forma certa, e por isso permiti-me navegar nas minhas águas revoltas, criando crostas tão duras, que me levaram largos anos a descascar, agora sobraram as cicatrizes, as que terei que remover com imenso cuidado e paciência, mas que para já vão servindo para que não me esqueça de me lembrar que não pode ser de outra forma. Aprendi que terei de me colocar em posição de dar o mote, de conduzir a música, de me ver respeitada e aceite como sou realmente, porque a acontecer, todos serão beneficiados e já o começam a perceber.
Incrível como o que já pareceu ser TÃO importante, agora simplesmente não tem importância nenhuma, e já me consigo sentir benevolente, tranquila, aceitando a incapacidade dos outros. Não tinham mais e eu também não lhes soube ensinar. Sinto-me leve hoje, numa paz com alguns dos que já foram de enorme importância para mim, pelo bem e pelo mal, mas que são parte da história que também deixei escrever e essa já nada nem ninguém terá forma de apagar.
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