Como classificas a nossa alegada relação? Já a entendeste e à forma como te surgi, de rompante, avisando-te, recordo-me bem, de que irias ficar para sempre preso a mim se insistisses em me ter. Riste-te confiante, tentaste relativizar, aligeirar como digo eu, mas deste-te mal e ficaste como o imaginava. És homem, sentes de forma diferente, mas tens muitos momentos. Sei, porque me dizes, que não te saio da cabeça, que cada um dos meus toques te ensombra, te faz vibrar de todo o prazer que te consegui passar, e nessa altura, sozinho sem que o consigas evitar, arrependes-te, não de me teres tido, mas de não me teres conseguido manter.
Dou trabalho. Questiono tudo o que me rodeia. Pergunto sem nunca desistir e só me sossego quando estou satisfeita, quando me respondem, mas usando as palavras certas. Sou uma alma irrequieta, provavelmente uma que já viveu quase todas as vidas que lhe estão reservadas, porque pareço sempre saber como vai tudo terminar, e raramente preciso que me mostrem os finais, porque em cada começo tudo acaba por se clarificar.
Vais continuar a significar muito para mim. Falamos sempre que podemos e dizemos o que nos vai dentro, tu sobretudo, porque eu tenho o hábito de continuar a viagem, de não me deter onde não irei conseguir o que preciso, onde a metade de alguma coisa nunca será o bastante.
Gostei de ti, ao contrário do que supunha, porque não és livre e eu sou avessa a entrar por entre relações, mesmo que já quebradas, mas não me arrependo, por tudo o que consegui tirar de ti. De cada vez que juraste amar-me eu sei que amaste realmente, sei porque o senti e vivi. Mantenho-me aqui e quem sabe, um dia talvez, num lugar onde já estivermos os dois...
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