O que tens é inteiramente teu, e a tua responsabilidade passa por explicares aos outros, com todas as letras, que te deverão aceitar com o que já carregas, esperando que consigas o discernimento para fazer os devidos ajustes!
Ainda vou ouvindo muita gente dizer - "ou me aceitam como sou, ou podem ir dar uma volta"- por estas ou por outras palavras, mas num registo de egoísmo puro que as impedirá, muito certamente, de receber quem as acabaria a mudar para melhor. Devem-nos aceitar sim, mas uma relação serão duas pessoas e não apenas uma em detrimento da outra.
Nós somos únicos e seres individuais, mas precisamos do "outro", de uma metade que se ligue à nossa e nos impeça de terminar numa solidão escolhida. Não temos que nos misturar, não totalmente, no outro, para que passemos a ser apenas um, isso não existe e a acontecer trará custos para uma das partes. Não precisamos de gostar de TODAS as coisas, mas precisamos de sentir que os objectivos e os desejos são comuns, porque apenas assim se constrói com solidez.
O que és foi o que fez com que alguém te desejasse, mas cuidado, não te mostres demasiado, nem escondas o óbvio, porque se te viram, e muito provavelmente por dentro, isto claro para quem sabe amar mesmo, então é porque eras tu, com os desvios previstos em tudo e para tudo. O que és demorou, levou um tempo que não chegou a ser o meu, por isso terei que te aceitar como chegaste e mudar-te, de mansinho, com o que sou, para que sejamos ambos quem queremos e precisamos. Não há outra forma!
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