Queres saber o que já sei? Vi-te. Senti-te. Cheirei-te e fui inundada de ti. O teu sorriso enchia a sala, aquela que não identifiquei, ou talvez sim, mas estava demasiado atenta a ti para reparar. Estavas no lugar certo e a tua presença fazia sentido. Não tive o habitual mal estar que os outros me passam quando se tornam demasiado intrusivos, gostei de tudo e conseguiste ser o que me fazia falta, o tempo todo que durou o nosso momento.
Não sei por que nome és chamado. Não sei qual o timbre da tua voz, mas espero, ansiosamente, poder voltar ao mesmo momento e lugar para desta vez registar tudo. Não sei o que significas e se foste apenas fabricado pela minha fértil imaginação, mas pareceste demasiado real, mesmo no meio de tanta irrealidade... Deixaste-me numa paz que me manteve ainda mais serena. Passaste-me, num par de horas, a esperança no outro, no tal, naquele que me é destinado. Não me senti tola. Não procurei desculpar-me e não me impedi de dormir, fi-lo ainda mais profundamente, talvez por me sentir convicta de que voltarás.
Não sei qual a cor dos teus olhos, mas sei que me olhaste enquanto me tocavas e senti que já me procuravas há muito, talvez por isso te tenhas adiantado, soprando-me que não tenho qualquer razão para duvidar, não de nós e sobretudo não do tempo que ainda será nosso.
Queres saber o que já sei? Volta hoje e prometo que te contarei tudo. Volta para que te possa fixar e ver cada pedaço de corpo que me pertencerá. Volta, preciso de saber que existes mesmo.
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