Fazer o que é certo impõe-se, sobretudo por nós, nunca desistindo daquilo em que acreditamos e sabendo que no final de cada etapa a avaliação terá que ser positiva, porque apenas assim seremos capazes de prosseguir. Fazer o que é certo tem custos, emocionais, profissionais, e tantas vezes físicos, mas há uma hora para tudo, um tempo para cada decisão, mesmo para as mais difíceis. Fazer o que é certo, confere-nos uma responsabilidade maior, mas depois regressa com um sabor único. Fazer o que é certo é a certeza de perceber a diferença entre o que devemos e o que podemos.
De cada vez que olho para o lado, encontro alguém que se arrependeu de não ter dado mais, e por vezes retornar à estrada já não é fácil, por isso decidi que devo puxar por mim, forçando-me a ser sempre o mais possível recta com os outros, proporcionando-lhes o que não têm forma de conseguir sozinhos e dando-me em cada entrega que me exijo genuína.
Quando sabemos analisar o nosso percurso, pondo de lado o que não nos servirá no futuro, mas arrecadando o que nos impedirá de recuar, as luzes acendem-se de forma quase milagrosa, atingindo uma tonalidade que se torna visível e que iremos reter para os momentos mais cinzentos. Quando a certeza perante as tentativas exaustivas de sermos mais correctos, se acentua, tudo o resto acaba a fluir e os esforços que anteriormente tanto nos pesavam, passam a ser tão naturais como respirar.
Fazer o que é certo não é uma utopia, é uma possibilidade que nos assiste, é uma escolha e o direito de terminarmos cada dia mais completos. Já provei todos os sentimentos, sei ao que sabem e como os poderei repetir ou evitar. Já consegui fazer a paz com TODOS os que antes me tiraram tantas vezes o sono e posso dizer agora, sem qualquer dúvida, que sou emocionalmente livre e que já não necessito de impor nada, ou de provar o que quer que seja. Sou dona de mim mesma e por isso escolho fazer o que está certo, até porque sei que sairei bem mais fortalecida no processo!
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