Sou eu que escolho, SEMPRE, como me irei sentir, que importância dar aos outros, de que lado da cama prefiro dormir e o que farei em cada dia!
Se me cabe a mim escolher, então não posso ser masoquista e não deverei querer o fatalismo, nem a mediocridade. Se me cabe a mim escolher, então escolho estar bem e feliz, porque tudo o resto serão apenas passagens mais ou menos longas. Se me cabe a mim escolher, e desde que percebi que poderia mesmo fazê-lo, então escolho amar quem me ame de volta.
Numa fracção de segundos até as nuvens aparecem, ameaçadoras, a roubar-nos o sol que julgávamos ter vindo para ficar. No minuto imediatamente a seguir a uma enorme gargalhada, sentimo-nos sufocar e a voz que ouvíamos, forte, desaparece. Tudo, mas mesmo tudo, é tão efémero e passa-nos tão rápido, que a escolha inevitável será estar bem, pelo tempo que conseguirmos, estando connosco mais tempo do que com os outros, que não raras vezes ameaçam o nosso equilíbrio.
Quem acreditas que se preocupa mesmo com o que és capaz de ser e de dar? Quem te pode mudar os humores, fornecendo-te as forças que tantas vezes ameaçam fugir-te? Quem se deitará com os teus problemas na cabeça, tendo que os resolver mal acorde? Tu, apenas tu. Mas não estás sózinha se tens quem te ajude a pilotar o teu avião, fazendo o que não te sentires capaz, ajustando as tuas rotas nas tempestades, passando-te as coordenadas que não tens forma de memorizar, ou simplesmente estando do teu lado para que o sintas e saibas.
É inegável que me cabe a mim escolher, sempre e em primeiro lugar, tal como será óbvio que de tanto o fazer, acabei a saber fazê-lo da maneira certa!
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