Por vezes é mesmo assim, o amor morde, ferra, arde, revolve-nos por dentro, mas continua a ser o sentimento que faz tudo o resto valer a pena!
Love bites, but we want every love bites. Um trocadilho com as palavras, porque a verdade é que o amor morde, mas queremos, sempre, cada pedaço de amor. Queremos sentir, nem que seja uma vez na vida, o que ele nos consegue trazer. Queremos saber como o descrever, deixando que nos deixe ser como tantos prometem.
O amor morde se não for o amor certo. Se forçarmos o que nunca terá forma de chegar. Se nos deixarmos ficar para trás, aceitando migalhas e recebendo, a conta-gotas o que deveria vir numa enorme enxurrada. O amor morde quando já está para lá de morto e nós insistimos em o manter a respirar. O amor morde se amar for apenas "eu".
Todos nós ansiamos por algo completo, que nos envolva de todos os lados, que nos encha e preencha cada fresta, colando peças que deixámos partir e sabendo que quem estiver connosco o estará mesmo, e para tudo. Todos precisamos dum amor que seja mais do que uma corrida de maratona, longa, penosa e a exigir muita preparação. Ele também nos pode fazer sprintar, caminhar a passos largos, ou tão simplesmente relaxar, sossegando-nos num sossego partilhado.
Não me parece que haja nada de errado em querer um amor que nos morda a indiferença, o cansaço, os medos e que nos acorde para emoções que lavam a alma até dos mais cépticos. Algumas mordidas poderão ser boas, desde que não nos arranque os pedaços que nos farão falta.
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