Recuso-me a ser apenas uma história. Recuso-me a ter e a sentir apenas o que os outros me impõem. Recuso-me a seguir a maré e a esperar pelo que nunca chegará. Recuso-me a recusar-me a vida que preciso de ter!
Nós ainda vamos decidindo, não tudo, não sempre, mas as vezes que até poderão bastar. Nós, podemos, se assim o entendermos, entender os que nos chegam e os que partem, porque partir, por vezes, será mesmo o que teriam que fazer. Nós sabemos, mesmo quando receamos as respostas, o que nos dirão se ousarmos perguntar. Nós conseguimos, ir, continuar, desejar, ou apenas refrearmo-nos, de cada vez que as vezes certas baterem seguras na vida que escolhemos. Nós somos os actores principais, apenas teremos que saber o que dizer, quando for a nossa vez de falar.
Espero que o que faço por ter e entender me baste para saber da minha vida, dos meus, de todos quantos amo. Espero, mesmo, que me consiga conduzir para poder ser seguida, e para que nunca me culpe pelo que não consegui concretizar, porque pelo menos tentei, resisti, desejei e apenas desisti quando nada mais me restava fazer. Espero manter-me sã, inteira, até quando for quebrada e acreditem que o sou muitas vezes e é por tudo isto que me recuso, hoje e sempre, a ser menos do que consigo, porque não terei forma de continuar se me parar a meio.
Já me recusei a desistir de ti, não enquanto não senti que já te tinhas parado, não por alguns momentos, mas para sempre. Já me recusei a ser apenas eu, tentando prolongar uma história que ninguém parece saber como escrever, mas parei-me a tempo e finalmente fui capaz de continuar!
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