Não existe nenhum amor que sirva para poder comparar o que sinto por ti. Não tenho agora, tal como não tivera antes, uma ligação que me ligue ao que representas para mim, talvez porque o tivesse escolhido e fantasiado. Não vislumbro nenhuma viagem que me afaste, ainda mais, do lugar em que te possa reencontrar, porque me estás destinado e preciso apenas de saber esperar. Não sei quais os sons que ecoam dentro de mim, mas sei no que me transformam de cada vez que os oiço e penso em ti...
De que me valem as verdades que carrego, se as mentiras que vês me superam e arrancam do lugar em que escolheste pôr-me? Para onde posso voltar se ainda não consegui sair de ti, por escolha ou por medo de te deixar ir para sempre? A quem devo culpar pela culpa que nos atribuímos ambos, se nem isso faz com que doa menos? O que me restou, de mim mesma, depois de termos partido, cada um à sua maneira?
Lembro-me de ter querido bem mais do que recebi, mas sei que dei na proporção que me cabia, sendo o que te recusaste e levando apenas o que não pudeste carregar. Olho para trás, apenas pelos tempo necessário, mas vejo pedaços que quase perdi de mim e que apenas recuperei porque te pertencem. Sinto, a cada dia, de todos os que já se passaram, que fizeste o sentido que deu à minha vida muito mais razões para sentir a dobrar, sendo bem mais intensa do que acreditava possível. Madura o bastante para que poucos aguentem, mas verdadeiramente a mulher que quero ver de cada vez que me olho, pela manhã quando me ofereço um sorriso rasgado e pela noite, que mesmo solitária, tem o que um dia fará de mim a mulher certa!
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