Quem avalia o amor? Quem diz o que está mal ou bem feito? Quem nos ensina a sermos mais, quando o menos está tanto em voga? Quem nos pára de cada vez que pisamos o risco e galgamos degraus que empurram o outro?
Já acredito que na maioria das vezes temos apenas sorte, ou azar, porque parecemos não saber ao que vamos, nem com quem. O acaso, o destino, a burrice ou a infantilidade, permitem-nos o que dermos, mesmo que inconscientemente.
A vida não vem com qualquer manual e as experiências de uns jamais serão a de todos os outros. Então o que fazemos? Usamos o bom senso. Estamos mais atentos. Aceitamos o inevitável, e largamos o impossível. Ouvimos, falamos e sentimos, com intensidade e honestidade. Vemo-nos nos outros, para apenas fazermos o que queremos que nos façam.
Sinto que amar, mesmo sendo algo complicado, é mais simples do que parece. Sou para os outros, o que os outros deverão ser para mim, Moedas que se trocam, olhares que se olham mesmo e certezas que se cultivam, para que as dúvidas não se instalem, teimosas. Sou eu que avalio o amor que me chega. Sou eu que percebo, pelos amores que outros carregam, quais me poderão servir e preencher. Sou eu e apenas eu, que posso em todos os momentos, começar, recomeçar, parar ou prosseguir.
Quem avalia o amor, já está inevitavelmente a amar!
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