Já fui, bem para lá do meu passado, a única que lutava pelo amor que deveríamos ter tido ambos. Cuidei-te e acalmei-te porque te amava, querendo apenas que me soubesses querer da mesma forma, mas esperando muito pouco. Fui a mãe, a amante e a mulher, tal como aprendi, mas nunca tive em ti o pai, o amante ou sequer o marido. Fui a que sorria para te tranquilizar, mas que não tinha os sorrisos que me poderiam ter sossegado o coração cansado. Fui TUDO e apenas recebi NADA e por isso parei-me.
Parei de desculpar quem não tem como explicar o desamor, o desinteresse e a incapacidade de ser o melhor amigo. Deixei de procurar respostas para as perguntas que não sabem como colocar. Deixei de estar no fim da linha e passei a ser a primeira e a que importa.
Decretei que quero ter quem lute por mim e não vou mudar uma vírgula, porque quem me quer sabe como vir e mesmo que não consiga, vai ter que procurar, subindo alto ou mergulhando fundo. Decretei e assinei por baixo, que a minha fasquia está naturalmente bem alta, acima do que serão muitos, mas desses nunca poderei sentir a falta. Os mais fracos usam as desculpas como escudos, escondendo-se atrás do que ninguém se atreverá a questionar. Irão continuar a fazê-lo até ao dia em que ficarem sozinhos, sem qualquer espada, até porque nem a saberiam como usar.
Se me quiseres. Se achares que não me teres te impedirá de ser, vem buscar-me. Se a tua felicidade apenas ficar completa porque existo, terás que mo dizer. Se eu for quem verdadeiramente te importa, então importa-te com o que penso e sinto. Se és tu o homem que me falta, terás que mo provar, porque de outra forma, manterei os braços como estão agora, para baixo. Se amas, grita-o, mil e vinte vezes, até que fiques rouco, ou de contrário não te conseguirei ouvirei. Se queres realmente lutar por mim, começa agora...
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