Olá meu amor, bom dia,
Já acordo contigo há algum tempo, sabe-me bem assim porque me permite ter uma outra razão para idealizar os meus dias, que de tão agitados, raramente sobram para mim. Quando coloco os pés no chão, saio do sonho no qual estiveste e a realidade começa, tão premente quanto é tudo o que preciso de tratar. Para que todos tenham o que é suposto, todos os outros, porque eu vou realizando cada actividade o mais naturalmente que consiga, fugindo da necessidade quase mecânica de ir estando e de me ir levando. Sei que dito desta forma parece um existência triste, mas não o é de todo, é apenas solitária, isso cada vez mais. Se puder completar tudo o que antecipei no dia anterior, seguindo uma agenda rigorosa e pesada, porque me obrigo a fazê-lo e porque me organizo, a mim e à vida que escolhi como se de uma empresa se tratasse, sei que resulta. Claro, só pode, o trabalho e as obrigações ficam em primeiro lugar.
Por vezes oiço umas citações fabulosas, do género: "Se não fazes o que gostas, aprende a gostar do que fazes". Valha-me isso, meu Deus, eu gosto de TUDO o que faço e tu sabes. Ponho amor e entrega em TUDO o que completo, diariamente, até à exaustão e olha que é MESMO até à exaustão.
Porque é que me castigo? Quem sabe numa outra vida não nasci chinesa, cheia de regras, de metas bem definidas e sem descansos semanais!
Sabes como é que metade "disto" mudava, não sabes? Tu mesmo me falas, pisas e repisas sobre o assunto. Se estivesses comigo. Se me pudesses sossegar. Se o meu acordar te tivesse ao lado. Se os meus pés tocassem nos teus, primeiro... Fazes-me falta, sinto-te a falta e nada do que escreva ou sinta, poderá alguma vez passar o quanto estás em mim para ficar. Não te quero deixar de respirar acelerado. Não quero que corras para mim (até que queria), mas quero que saibas que tudo o que começo por fazer, a cada início de dia, já te trás dentro.
A mulher que te adora,
S.A.
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