Em quem devo acreditar? Será que te posso aceitar, assim, como me estás a chegar? O que posso esperar, para além de tudo o que já me dizes poder esperar de ti? Em quem devo acreditar? Em ti, cheio de vontade e coragem, ou na minha voz interior, a que me alerta e me força a pensar?
Os amores não deveriam carregar demasiadas dúvidas. Os novos momentos, aqueles que chegam embrulhados nas vidas que se cruzam com a nossa, precisavam de ser mais ligeiros, de maior entrega e a cores, vivas e brilhantes. Os amores carregados de sombras são apenas maldições bem embrulhadas e não valem o que está dentro do pacote. Os corações que já se encheram de tudo o que deveriam ter limpo, não podem receber o que tem quem está pronto e vê com clareza, por isso confiar é um exercício de boa vontade e muita disciplina.
Em quem devo acreditar? No amor que me dizes estar reservado, ou na reserva que colocas no amor que deverias estar a sentir? Se eu escolher acreditar em ti, é bom que o faças por merecer, porque até já sei alguma coisa de corações partidos e se decidir partir o teu, levarás muito tempo para te reerguer.
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