Começou a minha azáfama, muito trabalho como gosto. Uma correria imensa que faz os meus dias parecerem mais pequenos. Uso, talvez inconscientemente, de tudo para não te pensar e para não te querer, mas mesmo em poucos segundos, o pensamento corre veloz para o que outrora foi o meu colo, a minha vontade de estar mais viva e acordada.
Estás demasiado longe de mim, aliás sempre estiveste. O teu mundo é mais corrido, exigente e não permite hesitações. Quiseste sempre respostas rápidas e que eu estivesse pronta para ti, mas não fui capaz então e desconheço se já o estarei agora. Ainda penso demasiado, sobretudo no que será assumir nova relação, séria and totally commited. Tenho vontade de ti, mas cada um no seu espaço, não cruzando necessidades diariamente. Estou mais egoísta? Talvez, mas quero o meu sofá só para mi e a ti sempre que necessitarmos um do outro.
- E se eu te quiser sempre?
Mas porque dificultamos tudo, porque precisamos de palavras dos catálogos? Não poderíamos apenas usufruir, sentir e amar sem pressas e sem horários? Não me digam que estou a querer o impossível e que não é natural estar com quem queremos, só quando queremos. Por vezes apetece-me desistir, entregar os pontos e aceitar as tuas condições, mas depois levanto-me corajosa e digo que amar não pode ser só servir o outro. Cada um de nós é um ser, um indivíduo, com vontade própria e não deverá ser subjugado em nenhuma circunstância, nem mesmo por amor!
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