Volta, está a demorar demasiado tempo e preciso que te decidas, que estreites a distância que me parece corroer, impedindo de fazer mais planos, até porque estás em todos.
Disse-te que seria compreensiva e tolerante com essa tua necessidade de correr o mundo, mas agora quero que o teu mundo também seja eu e que não passes por nada sem passar por mim. Estou a precisar de colo, do teu colo. Estou a sofrer pelos teus abraços, aqueles que até me tiravam o ar, mas que quase conseguiam fazer com que nos fundíssemos um no outro. A minha boca fica seca só de pensar na tua e a vontade de que me beijes, como mais ninguém sabe, é tão grande que parei de querer falar, de sorrir ou de comer. Quero que me queiras e que precises de mim assim, desta maneira quase enlouquecida, mas que pelo menos me deixa viva.
Volta por favor, estou à tua espera e não preciso de mais nada que não sejas tu. Vem alimentar-me, encher-me as reservas e prometer-me que não voltas a sair, não de mim e não mais sem mim. Volta para que não esqueça nenhum traço e para que a tua voz me tranquilize a alma. Volta agora, para que eu retome o que parou assim que te perdi a sombra. Volta para que não tenha que te pedir mais...
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