Estava agora mesmo a falar com os meus botões sobre alguns percursos e olhares para o futuro. Entendo que a diversidade deveria melhorar-nos, mas a realidade tem sido outra, pelo menos para mim. Gostava de poder ser surpreendida mais vezes, por gente genuína e disponível. Gostava de ver crescer quem por alguma razão foi forçado a parar. Gostava de sentir que me acrescentam, porque tenho sempre esta sede de mais e de muito, mas dou comigo a querer menos dos outros e a tornar-me ainda mais pragmática e isolada. Acho que vou acabar carrancuda e de cajado para dar umas boas bengaladas a quem me invadir o cérebro.
Evoluir vem com uma carga muito pesada e para seres pensantes como eu, obriga a que analise tudo ao detalhe, esperando que o esforço colectivo seja no mínimo igual ao meu. "Continuo à espera"!
Não é de todo raro que dê comigo a pensar que vivo num outro universo que certamente pouco se cruza com aquele onde a maioria se deixa apenas arrastar, sugando a energia e o oxigénio dos que já respiram melhor. Talvez a maturidade emocional seja um castigo, um acerto de contas das outras vidas. Talvez não se deva saber demasiado. Talvez ver seja melhor mesmo com palas, mas depois de ter posto para trás tantas dúvidas, quem é que me convence a descer degraus e a afrontar o meu nível de inteligência? Experimentem lá, é que até burra daria imenso trabalho!
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