1.8.19

Ou mudas, ou mudas...

Manda-me verbena ou benjoim no próximo crescente e um retalho roxo de seda alucinante e mãos de prata ainda (se puderes) e se puderes mais, manda violetas (margaridas talvez, caso quiseres)  manda-me osíris no próximo crescente e um olho escancarado de loucura (em pentagrama, asas transparentes)  manda-me tudo pelo vento: envolto em nuvens, selado com estrelas tingido de arco-íris, molhado de infinito (lacrado de oriente, se encontrares)  "Oriente"/ Caio Fernando Abreu


Por vezes só temos UMA alternativa e mesmo que todo o nosso Universo seja revolvido, acabamos a ter que nos mover, de contrário nada voltará a avançar e o nosso interior permanecerá insatisfeito e perturbado. Acredito, piamente, que viemos com uma missão e quer aceitemos, ou não, os desafios, se escolhermos olhar para o outro lado, terminaremos amargos e doridos.

Ou mudas, ou mudas e se não mudares, alguém ou algo o fará por ti. Se queres mais, transforma-te e melhora-te. Se te consegues ver mais longe, escolhe a estrada mais adequada e enceta a viagem. Se não te imaginas inseguro e cinzento o resto da vida, começa a colorir já. Se precisas de mudar, entende que não adianta olhar para o lado. Se segues os teus passos, analisando-os e buscando pelos melhores momentos, acabarás eventualmente por chegar e repousar. Se já estás habituado ao difícil, permite que te "batam" mais um pouco, porque no final valerá MUITO a pena. 

Ainda não tens permissão para repousar. Ainda não chegou a hora de te parares e apenas usufruir. Ainda carregas muitas tarefas e é conveniente que as executes, de preferência nesta vida. Ainda não sabes o suficiente, nem mesmo sobre ti, por isso continua a procurar.

Ou mudas, ou mudarão por ti. Ou já sabes o que te cabe, mesmo que não te caiba ver o percurso na íntegra, ou o amanhã não será sereno. Ou mudas, ou mudas. Se analisares bem, vais perceber que na realidade significa apenas que permaneces na corrida e que ela só terminará depois de já saberes onde está a meta!

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