Os anos passam para que possamos evoluir e mudar, mas apenas nos mudam quando nos sentimos prontos. O foco não pode estar no calendário, mesmo que já saibamos, alguns de nós, que a conjugação dos astros nos infuencia. Querer diferente passa por ser e fazer diferente, não existem fórmulas mágicas.
Ainda estamos a viver e a conviver com o resultado dum ano há muito previsto, mas do qual nunca esperámos ter que escrever. Os efeitos não terminarão com o virar de 24 horas, as restantes, dia-após-dia, serão como as quisermos viver, se mantivermos vivas as imagens que não desaparecerão tão cedo, mas que eventualmente terão servido para algo. Assim o espero!
Tanto se tem falado em proximidade, cuidado e toque, mas continuo a perguntar porque razão teremos que perder, ou não poder, para querer? Juro que não entendo a raça humana e o seu constante foco no supérfulo para que se sintam grandes, no julgamento constante para camuflar fraquezas e na desvalorização do que realmente os pode tornar felizes. Desenganem-se os optimistas, porque a salvação não chegará agora, não ainda e não enquanto nos continuarmos a cruzar com quem apenas olha para o que é pouco exemplificativo do que se tem dentro.
Os anos passam, passou mais 1, mas para mim nenhum jamais o será em vão. Sinto-me reabilitada, mais sábia e mais motivada a conseguir o que tanto construí mentalmente e não precisei duma pandemia para o identificar. Os anos passam, mas se nada fizermos para nos cuidarmos interiormente, jamais nos cruzaremos com quem saberá fazer todo o percurso valer a pena. Os anos passam, mas o importante e real estará presente em cada novo dia.
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