Nem sempre nos desnudamos para os que até nos conseguiriam ver, se ao menos olhassem com atenção. Escondemos os olhares e olhamos para lugares onde nem estarão os que nos fazem falta, mas fingimos que não vemos o que é óbvio e tão claro quanto o azul do céu sem nuvens.
Nem sempre dizemos o que temos como certo, porque erradamente nos deixamos levar pelos que dizem sempre o mesmo, sem qualquer respeito pelos que ouvem e nunca ouvindo os que até sabem o que dizer, mas ainda assim se calam. Deixamos passar o que deveria ser censurado, nunca censurando os que usam e abusam dos de alma limpa e fingindo não perceber, porque reagir dá trabalho.
Nem sempre nos podemos calar aos barulhos dos outros, mas devemos sem qualquer dúvida ou receio, deixar de falar quando já não nos merecerem respeito.
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