Escolhi escolher-me!



Escolhi bem a caneta com a qual escrevi o que ainda me faltava dizer-te e disse tudo, sem qualquer receio de que fosse lido ao contrário, ou com julgamentos que não terei forma de contrariar!

Dizer que te amava nunca bastou. Gritar-te que eras apenas tu nunca te sossegou e o meu sossego partiu mal te confessei os sentimentos que não tinhas forma de acompanhar. Pedir que me aceitasses não seria natural nem possível, não para quem desconsiderou tudo o que carregava e simplesmente partiu. Chorar foi o que não encontrei forma de fazer e certamente que teria adiantado de muito pouco.

Escolhi, sem qualquer cuidado, passar para o papel o que ainda me estava tatuado no coração cansado de tanto amar sem retorno e retornei a mim mal o fiz. Não me reconhecia na mulher que te implorava pelo que deveria seria meu por direito. Não me sossegava enquanto te oferecia o poder que não te pertencia e por isso mesmo o recuperei, porque nunca deixei de me sentir tola, até quando sentia os abraços que me rodeavam o corpo, mas não sossegavam a mente. 

Escolhi bem o momento de te enviar o que encerraria a nossa viagem emocional e mal o fiz, desfiz o que nunca deveria ter começado.

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