Não quero ter sempre razão e deixei de me importar com as culpas de que alguns se alimentam para que todos os outros possam ser culpados. Não sei do que vivem os magoados da vida, todos os que buscam razões para terem a razão maior, impedindo-se de ver o que realmente existe de bom por aqui. Não entendo os que deixaram de entender que apenas povoam parte do mundo e que ele não se compadece com os de mente pequena e coração desajustado. Não me sinto tola por desistir dos tolos que por aí proliferam, é que eles dão mais trabalho do que aquilo que valem, mesmo que lhes somemos o peso.
O amor prepara-nos para os revezes que os ódios de estimação provocam, conseguindo que nos afastemos para que possamos continuar com o que fazemos melhor e que passa por sermos as pessoas que outras gostarão de ter por perto. O amor é a arma invisível, mas certeira, que protege os bem resolvidos dos mal-amados. O amor, para quem ainda se lembra do que provoca, é o antídoto para quem adormece com a boca amarga e acorda com o mesmo e exato sabor.
Não quero ter sempre razão, mas recuso-me a dá-la a quem nunca saberá distinguir o certo do errado e por isso erra indiscriminadamente. Não quero que as razões erradas me levem a aceitar o inaceitável, não hoje e certamente que não a partir de hoje.
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