Conto, pelos dedos duma mão, o número de pessoas que faz exactamente o que deseja e vai até onde se visualiza. O medo parece arranjar sempre forma de nos afastar do que nos completaria a vida, ligando os botões vermelhos, apenas porque não tem forma de distinguir o que nos ameaça do que nos instiga a crescer e a atingir objectivos.
Quem persegue o que ama e se reencontra com o prazer que vai diminuindo à medida que crescemos, é um verdadeiro afortunado e deve ter encontrado, sem qualquer dúvida, a fórmula mágica para colocar o medo onde ele deve permanecer, longe dos objectivos e dos arrojos. Temos que ser capazes de sentir, na pele, no coração e na alma, um amor gigante e que ressoe com o que temos dentro, para que possamos ser pessoas mais completas. O que nos parece ser talhado para fazer, dando sentido à vida que escolhemos viver, deve ser saboreado, mesmo que provemos de muitos sabores amargos, esbarrando em inúmeras pessoas que parecem ter tirado bilhete para nos deixar em abaixo.
O que queremos contar no final da nossa história? Quantos arrependimentos seremos capazes de engolir? Até onde nos deixaremos ir sem que nada ande verdadeiramente, deixando-nos sempre no mesmo lugar? Que jogo pretendemos escolher, sendo o melhor e conseguindo os melhores resultados?
Quero e preciso de começar a ver e a conhecer mais pessoas felizes, os tais unicórnios, porque apenas desta forma me tornarei mais corajosa.
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