Não sei porquê, mesmo que tente procurar respostas, para o que sinto dentro e por toda a paz que me invadiu e se recusa a abandonar-me. Não sei porquê, mas agora tudo me sabe a novo, a diferente e a certo. Não sei porquê, mas já vivo com todas as emoções de que sou feita e não estranho NADA a pessoa que me tornei.
Os que não nos acompanham afastam-se naturalmente. Todos os que falam uma linguagem difusa, menos clara e sem que saibam clarificar o que na realidade pretendem da vida, saem do meu pequeno pedaço de mundo. Muitos dos que tentaram acompanhar, achando que me convenceriam de TUDO o que na verdade NÃO são, perderam a passada e foram forçados a regressar aos lugares que conhecem bem, às almas doridas e pequenas.
Não sei porque te enganas achando que usas as palavras que me acertam. Não sei porque te esforças para correr parado, vendo-me ir e sem que nada possas fazer para me segurar. Não sei porque te manténs de mente fechada, pobre de sonhos e pleno de sentimentos que te esmagam. Não sei porque razão achaste que alguma vez me farias sentido, mesmo que tivesse resistido, estoicamente, às tuas manobras de diversão, achando que te mudarias para teu bem. Não sei porque ainda desrespeitas TANTO o tempo, o único que poderá ser verdadeiramente teu amigo, mas que se mal usado, o inimigo que ninguém desejaria. Não sei quem és e qual seria a tua missão nesta vida, mas sei que continuas a falhar redondamente.
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