Já tenho saudades de escrever apenas sobre o amor, sobre o tempo e o momento em que se amava porque sim e não se julgava e esperava demasiado do outro, achando que apenas a ele lhe cabia dar TUDO. Já começo a abominar os fundamentalismos e os excessos de mi mi mis, porque a grande maioria das pessoas, mulheres sobretudo, acham que o mundo gira em torno delas e que cada um dos seus desejos e caprichos deverão ser satisfeitos, não importa a que custo.
Os homens isto e aquilo. Os homens devem ter isto e mais aquilo, sendo altos, espadaúdos, com tudo no sitio, regra geral vindo estas exigências de quem não tem NADA que valha a pena considerar. Sou Mulher e por isso mesmo é-me permitido dizer tudo isto, mesmo que venham daí algumas assobiadelas (piropos não, que esses foram criminalizados, haja paciência), mas fosse eu homem e era tudo e mais sei lá o quê, porque os desgraçados viraram a bichos em formato de gente.
O tal do Covid veio mesmo desabar com o resto, pondo a nú as fragilidades que estão claramente a começar em casa. O respeito por si, pelo outro, o saber estar e falar; As condutas irrepreensíveis, para que possamos exigir o mesmo de volta; A generosidade e a tolerância, são tão essenciais quanto o pão que nos alimenta, porque nem só dele vive o homem.
Não tarda temos que amordaçar os pobres dos homens, colocando-lhes algemas e retirando-lhes o pouco que tiver restado, porque chegaram as mulheres e de repente tudo é sobre elas. Se duvidam, basta seguirem os novos programas das televisões privadas para perceberem o nível de exigências, a intolerância e o excesso de avaliações puramente externas e fúteis, que me deixam com vergonha alheia. As Mulheres são muito mais do que estão a fazer passar. As Mulheres devem impulsionar as mudanças positivas, trabalhando para a paridade e não desatando a atropelar os seus pares. Precisamos TODOS uns dos outros e devemos ser movidos pelas diferenças que nos complementam. As MULHERES que me orgulho de assim chamar, não sobressaem no caos, brilham nas habilidades, na coragem e na determinação, todas que não apregoem o mesmo, não me merecem qualquer classificação que possa ser escrita aqui.
Que fiquemos todos mais atentos à direcção que se está a seguir, ou de contrário o colapso será inevitável. Sou mãe de 3 excelentes homens a quem ensinei o valor do respeito, do cuidado e atenção para com o outro, mas também e sobretudo a recusa limiar de atropelos apenas pelo facto de serem, pelo que se percebe, do género errado. Que impere o bom-senso para que não demos a comer o que seríamos capazes de engolir. Oh que mundo este!
0 Comentários