Os saltos de fé. As certezas no incerto, mas que nos sabem a tanto e que fazem o sentido que precisamos para acreditar. Os motivos que encontramos quando já sabemos quem somos e a sabedoria que nos envolve de cada vez que temos as palavras que soam bem.
Tudo o que recebi e me foi chegando, era exactamente o que precisava para me exceder nesta procura eterna pela melhoria e crescimentos. Cada pessoa, lugar, situação invulgar ou mais comum, tudo, mas mesmo tudo, veio recheado do que me acrescentou o bastante para que me bastasse no futuro que antecipo a cada dia mais sereno, até na sua inevitável imprevisibilidade. Todos os amores que me envolveram e lamentavelmente foram poucos, passaram-me os sabores que deverei ter quando o amor de amanhã me bater à porta e for recebido com os sorrisos da alma que mantenho clara, limpa e pronta. A aprendizagem que não descarto e que me atira para mais um degrau acima, já não é vivida ou respirada a ferros nem com pesos que não possa carregar.
Os saltos de fé que ultimamente dou, acreditando que já sei o bastante para não me "esborrachar" nas aterragens, são cada vez mais leves, mais simples e mais naturais, são os meus e estão na fila das escolhas, mas com a contagem certa.
Nada do que me doeu antes deixou marcas permanentes, nem me danificou para me encolhesse a um qualquer canto enquanto a vida seguia na sua passada, totalmente alheia aos meus quês e porquês. Nada nem ninguém alguma vez teve o leme do meu veleiro e ele foi seguindo ao sabor do meu vento, parando para que admirasse a pessoa que me tornei, mas continuando a viagem para que ainda possa ter o que me falta.
Os saltos de fé é que nos definem, uns dão os que precisam para saberem o que na realidade é importante, mas outros haverá que nunca sairão do mesmo lugar emocional, receando o que poderiam descobrir sobre si mesmos.
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