As emoções tendem a correr de forma tão veloz, que dificilmente acompanhamos as variações de humor, o gerir de expectativas, as palavras que uns e outros usam e que nos soam melhor ou pior consoante o "vento", tudo e tudo que naturalmente compõe o nosso percurso. A montanha russa, a que chamamos vida, que nos testa e que por vezes até nos derruba, também nos endurece e prepara para o que deveremos saber dizer e a forma como queremos, consciente ou inconscientemente, parecer. As emoções por vezes traem-nos, mas também nos solidificam e cimentam os percursos que já vamos fazendo, por vontade própria, por direito, mas com a obrigação de nos superar-nos, melhorando-nos.
Os dias nunca serão iguais e mesmo que estejamos mais preparados, nem sempre nos sentiremos capazes de superar os desafios que as situações mais pequenas carregam e que as BEM grandes exigem. Os dias nunca cessam de nos surpreender, amiúdes vezes pela positiva, mas alguns, aqueles que certamente terão como objectivo testar-nos, carregarão um peso que nos fará enterrar ambos os pés no chão, forçando-nos a pensar de forma rápida e a relativizar, para não cedermos à tentação de desistir.
As emoções de que somos feitos, por tudo o que carregamos e pelas lições que nos propusemos a aprender, ou que recusámos aceitar, dirão bem mais de nós do que dos outros e das suas dores ou desafios. As minhas emoções, ainda hoje, nunca me surpreendem, porque de cada vez que chegam, conseguem reafirmar a pessoa que me tornei.
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