Ainda não encontrei amor maior do que o teu. Ainda não tive, nem terei, outra pessoa para quem me voltar que me proteja da chuva intensa e me mantenha segura. Ainda não me deixaste desistir, sobretudo de mim e é por ti que caminho, mesmo que receosa, porque sei que és o meu chão.
Nunca fiquei demasiado tempo na tempestade. Nunca vi esfumarem-se as forças que me passaste quando me sopraste que estarias sempre e para sempre. Nunca tive amigo maior, nem noites demasiado longas, porque trataste de me trazer para cada um dos dias que agora vivo por ti. Nunca deixaste que parasse de acreditar que conseguirei tudo o que colocar na mente, porque ela está preenchida com o mais puro de ti. Nunca chorei sem que me limpasses as lágrimas que apenas serviram para me lavar por dentro.
Ainda oiço a voz que aprendi a reconhecer, a que me fala do que aprendi quando era suposto e que nunca me afasta do me ensinou ser certo. Tenho em mim as mãos com que me seguraste quando quase caí e é com elas que me reergo, afastando-me do chão que teima em puxar-me. Falo para que me oiça com as palavras que me representam, mas também me calo para que os sons não ofusquem o que ainda precisarei de saber para que eventualmente carregue a tua sabedoria.
Ainda não me desiludiste uma vez que fosse e é com a tua confiança que confio no nosso para sempre. Tenho alguns medos, mas ter-te, dia e noite, afasta o que nem tu poderás assegurar, mesmo que cuides de me proteger do mundo lá fora.
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