Será que a nossa necessidade de socializarmos nos leva a aceitar tudo e todos quantos chegam? Os tolos, os incultos, os cheios de si mesmos, os que vão e que quando voltam já mudaram mil e uma vezes de opinião? Será que querer pertencer nos tolhe o discernimento e induz a uma cegueira temporária?
Nunca fui fã do carneirismo, ou sequer das modas, o que aparentemente servia aos outros, qual fato feito por medida, a minha sabia-me a clonagem e como não somos de todo iguais, sempre dei primazia à diferença que nos completa.
Será que é o medo da solidão que nos atira para a multidão solitária?
Ter opinião própria obriga a pensar, percebo-o, mas o acto impede-nos tão somente de desligar o cérebro, continuando a alimentar o que nos conduz. Distinguir o certo do errado, o tempo que apenas pertence ao outro, salvando o nosso, pode ser solitário, mas é sem qualquer dúvida enriquecedor e acaba por nos fortalecer.
Será que precisamos do efeito espelho para conseguirmos ver os outros?
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