Quem é que sabe o que tenho dentro? Quem é que me conhece o bastante para que me oiça enquanto me escuta? Quanto da minha nudez é permitida a alguém, sem que me sinta demasiado exposta ou frágil? Quando é que sinto que posso repousar a cabeça, esquecendo o peso das palavras, até porque o conheço de cor? Quem me reconheceu quando me viu e quem será que me viu realmente quando achou que me reconhecera?
A viagem vai ter que terminar, porque o cansaço pelo caminhar constante está a desgastar-me tanto que o coração já ameaça desistir. Quem é que consegue convencer-me de que afinal nunca estou errada, apenas mais crente? Eu não. Eu já não...
0 Comentários