O amor não basta para que uma relação permaneça e dure. O amor não basta, mesmo que o tenhamos ouvido vezes sem conta, como se dum remédio se tratasse. O amor não basta e a prová-lo a quantidade de pessoas que ficam pelo caminho e que soltam as mãos que outrora apertaram plenos de confiança. O amor não basta e se bastasse não teríamos tantas desilusões, traições e mentiras.
Já nos tivemos durante dias e umas quantas noites nas quais julgámos estar a ter o que nos bastava, eu o homem que jurava amar-me e tu a mulher que saberia como apenas receber o que estarias disposto a dar. Já soubemos de nós, do que cada um se dispôs a dar e já saboreámos o sabor amargo da impossibilidade. Já fomos o melhor que nos acontecera, mas rapidamente passámos a ser apenas mais uma pessoa no percurso da outra. Já viajámos noite fora, nos pensamentos e nas sensações, mas também já acordámos tão vazios, que nada do antes reteve o que nos resta agora.
O amor não basta para que se deseje ficar, com ele terá que vir a disponibilidade, a entrega e o desejo de que nunca se derramem lágrimas desnecessárias. O amor não basta, não quando ele camufla a falta de amor que já nos enfeitou os lábios, os mesmos que também usam a mentira para que os beijos não cessem, ou que se calam para que nunca se enfeitem com as palavras erradas. O amor nunca bastará a quem faltar tudo o resto!
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