Que somos duas eu e eu até já o sabíamos. Uma tem por norma mais poder do que a outra e por isso deixa cair algumas das suas ideias parvas, forçando-a a repensar e a ajustar escolhas. Entretanto e porque devemos avaliar e reavaliar comportamentos, a gerência mudou e passaram a existir novas normas. Se uma delas geriu mal a vida de ambas, há que saber dar a mão à palmatória e repensar estratégias.
Por vezes a vida força-nos a ser mais duros, mais obstinados e com mais fel do que mel. O mundo de qualquer das formas até que já é assim. Não ficámos sem reservas de amor, apenas o direcionámos para as pessoas certas e para aquilo que "eu" domino, "eu", a outra. Eu, a nova gerente, aprendi da forma mais dura a não confiar, não por uma razão em especial, apenas porque as pessoas não são confiáveis, mas isso até a outra sabia, apenas achou que todos mereciam uma segunda chance, coitada!
Esta, a que agora está ao comando do leme, é mais analítica, distante, matemática, sem lamechices, sem segundas oportunidades e sem palmadinhas nas costas, até porque é algo sensível a toques despropositados. Mas numa coisa eu e eu também concordamos, mudar é preciso de cada vez que a nossa postura deixar de fazer sentido e foi por isso que já acertámos qual das duas vai permanecer no poder.
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