Love language! |
Precisámos duma tempestade e de todas as pedras que rolaram pela colina dos medos, agigantando-se mal tocaram no chão, para sabermos o quanto precisávamos um do outro. Provámos de sabores amargos, quase que tornando o mel que sempre nos escorreu pela boca, a minha e a tua, num fel que poderia ter permanecido para sempre. Tivemos noites duras e dias tão longos que ameaçaram não correr, enquanto corríamos em direções opostas. Fomos e voltámos em tempos tão diferentes, que reencontrar-te, enquanto finalmente me encontravas, sossegou o mar que agitámos juntos.
Aprendi a viver sem ti, mas percebi que o tempo contigo me deixava de sorriso ainda mais aberto. Sofri com a distância a que me vetaste, mas acabei a permitir que a encurtasses sozinho. Esperei, de forma tranquila, mas igualmente agitada e com as esperanças reduzidas ao mínimo, enquanto tropeçava em cada um dos obstáculos que criaste, mas acabei tão mais forte, que ficar sem ti, a acontecer, jamais me deixará sozinha.
Precisaste de cruzar um oceano de indiferença, até quando parecias verdadeiramente interessado, para perceberes que o amor não se promete nem se pede, apenas se sente, ou de contrário nunca se saberá partilhar. Precisei de ler as legendas que passavam numa língua estranha, para descortinar a tua incapacidade de me leres enquanto era clara e segura do que sentia, mas acredito que começámos finalmente a usar a mesma linguagem.
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