Emotions versus reason! |
É tão frágil o equilíbrio diário que tentamos manter entre o que sentimos, passamos e desejamos, porque nunca saberemos tudo e nunca nada estará inteiramente nas nossas mãos, nem mesmo com todo o amor que o coração consegue armazenar. É tão dolorosa a impotência que se instala perante o que não podemos mudar, até porque a vida não cessa de avançar e com ela as diferentes formas de ver e de entender o que nos chega. É tão difícil soltar das mãos a cola que antes segurava os que nos estarão sempre tão dentro, que viver e respirar sem que a tranquilidade os envolva em cada decisão e escolha, nos desfere duros golpes.
Não sei viver sem analisar, entender e resolver. Não sei, nem pretendo, deixar seguir o que me perturba, ou aos meus. Não sei desvalorizar o importante, mas não valorizo demasiado o que apenas está, existe e acontece. Não sei ser menos mãe, mulher e companheira, quero tudo de tudo, ou de contrário fico-me pelo nada que o nada eventualmente me trouxer, já no meio, apenas a virtude. Não sei reduzir a intensidade que me define, porque apenas assim amo intensamente e jamais saberei ou entenderei dos que apenas sabem para o momento, para a hora seguinte e para o que o dia não poderão segurar. Não sei de que forma aceitar metades do que só quererei por inteiro.
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