15.4.23

Os sons do vazio!



O vazio que se instala, à nossa revelia, quando julgávamos ter e dar tanto, não pode ser alimentado, mesmo que para isso tenhamos que sair de nós e olhar numa outra perspetiva!

Nunca seremos a pessoa de alguém se não nos reconhecerem. Jamais abriremos as portas que não nos pertencem, quando muito espreitaremos por onde nos for permitido. Em nenhum momento poderemos chamar a nós quem não nos tiver planeado e desejado o bastante para nos acolher.

O vazio que nos encolhe os movimentos, terá que ser visto apenas como um novo estágio, entendendo que depois dele já teremos entendido tudo. Estar com quem apenas estará em algumas metades, estilhaça a nossa parte inteira e encolhe a vontade de voltar a arriscar. O vazio magoa até os mais puros e os menos sofridos, porque é o pronúncio do que voltaremos a ter, mas será sempre depois do vazio que os sons seguros chegarão.

Espera, aceita e recruta toda a tua sabedoria e recursos, para que saibas quando e onde te renovar. Continua a ir aos meus lugares, mas a aceitar os novos. Reergue-te de cada vez que o chão ficar mais próximo, porque de cada vez que levantas o olhar, percebes que para além da tua dor existe amor, mais vida e alguém que te espera.

Os sons do vazio que não conheço em absoluto, porque me encho e preencho de outros que me refletem, mas aos quais nunca serei imune, transformam-me para que me melhore e fortaleça.

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