Para onde vai o amor que sinto por ti, mas que não me consegues ter? O que faço do pouco que foi sobrando, como se duma migalha ou prémio de consolação se tratasse, se nada me sobrou no final? Que lugares me restam, quando nunca pareço ter tido algum que pudesse sequer definir? Que nome dar ao que na verdade nunca teve nome e que por isso mesmo terminou?
Não gostei do sabor do vazio que alimentei, nem do que me chegou com cada beijo, talvez porque apenas eu tivesse beijado. Não me identifiquei com o novo, mas que se revelou estranho pela impossibilidade de me fazer ver. Não me esgotei no esforço de ser escolhida, porque mesmo sem ti soube que teria que me continuar a escolher.
Para onde vamos quando o medo se esfuma e percebemos que afinal temos e sabemos tudo o que precisamos para voltar a viver um amor? Voltamos para o lugar de partida e esperemos pelo melhor!
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