Gosto do fácil. Habituei-me ao que me deixa mais segura, tranquila e natural. Gosto de saber que sei do que falo e já só consigo falar do que me sai de dentro. Liguei-me mais ao que me liga a mim e escolhi afastar-me do que os outros tanto parecem desejar. Gosto do sabor das lágrimas que me correm pela face quando me encho de sentimentos puros, mas deixei de chorar pelo que não controlo.
Somos todos parte dum mesmo círculo que vai girando, levando-nos para cima, mas trazendo-nos de volta ao chão para que o saibamos pisar. Somos muitos a remar para uma margem definida, mas outros tantos a remar sem coordenação e por isso nem sempre chegamos onde seria suposto. Somos a soma de tudo o que reunimos vida fora, mas também subtraímos demasiados sentimentos, aqueles que considero essenciais para que possamos valer a pena.
Gosto de quem me acrescenta curiosidade, lições novas e palavras que ainda não ouvi. Gosto de poder gostar livremente, mas continuo a querer ser gostada de igual forma, no entanto e até lá, continuarei a gostar muito de mim.
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