Perguntaste-me de que forma te amaria se fosse capaz, mas a verdade é que há muito que o deixei de saber e nem sequer me recordo da última vez em que senti a pele impregnada pelo sentimento mais poderoso que se conhece!
Não escolhi de que forma te acolher, porque o amor não se impõe, ou sequer pede, mas acredita que já cheguei a sonhar com um igual ao que me tiveste. Não reconheci o teu sabor, mesmo que os beijos tivessem sido tão fortes, quanto foram os danos que te provoquei. Não entendi o porquê de tanta química e intensidade em cada toque, mas foi em vão que te toquei, aguardando, com alguma esperança, pelo dia em que estaríamos na mesma passada, dando-nos e fazendo um amor bonito e verdadeiro. Não planeei a minha saída e por isso permaneço preso num limbo que me atormenta, por saber que te perdi no processo. Não sou culpado da minha falta de amor, mas podem-me ser imputadas responsabilidades pela ilusão que nos criei.
Falaste-me sempre com esse coração gigante que alberga os sentimentos que amealhaste, mas o que ouvi tinha apenas os meus ruídos de fundo. Deste-me as mãos que soltava a cada "até logo", sabendo que não era por elas que esperava, mas aceitando-as de forma cobarde e infantil. Amaste-me, é um facto, mas é igualmente verdade que nunca te consegui amar de volta.
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