Procurar pelo amor que nunca tivera, parecia ser o único foco que tinha. Caminhar, olhando para todos os lados, achando que seria olhada, levava-a para lugares de onde não sabia regressar. Beijar quem nunca a beijava da forma certa, alimentava-a duma eterna fome emocional e nenhuma parte do seu corpo conseguia sentir o que lhe faltava. Amar sem qualquer amor dos muitos que a tocaram, deixaram-na sem um toque que a identificasse e tornasse única. Procurar pelo amor tornava-a ainda menos amada.
"Tens que te recusar padrões. Precisas de deixar de precisar dos outros para seres tu, porque amar virá em dupla, ou não virá de todo. Acreditas saber encontrar o que te completa, mas tens sempre mais emoções em falta e o vazio enche-te das mágoas que alguém vai ter que limpar. Tens que aprender a gostar de ti para seres verdadeiramente gostada".
O amor não se procura, aceita-se e alimenta-se do que somos, se entendermos que existirá muita margem para crescimento e melhoria. O amor, aquele que nos "vendem" sem qualquer recibo válido, faz-nos pagar demasiado por faturas sem qualquer validade. O amor que chega até nós sem resultados práticos, tem que ser reavaliado e substituído, de contrário passaremos pela vida sem saber o que nos cabe.
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