Quando a noite cai e percebo, sem qualquer surpresa, que continuo sozinha, mas sem me sentir só, decido aceitar que preciso de continuar a ser para eventualmente ter.
Aceito que tenho o que confunde algumas pessoas menos preparadas, mas não me desculpo por fazer o "trabalho" que me cabe. Entendo do que outros se sentem incapazes de entender e até que tento, de alguma forma, passar-lhes o que já sei, mas sou igualmente rápida a bater em retirada.
Quando os dias amanhecem e percebo, porque olho bem para mim escutando-me no silêncio que me ofereço, que estou a anos luz dos que apenas deambulam por aqui, cheios de perguntas que não querem ver respondidas, mas que atiram aos outros sem nunca os conseguirem escutar, sorrio, nunca de forma triste, apenas conformada. Evoluir espiritualmete é um caminho longo e solitário. Amar sem condições fúteis, mas plena das exigências que me imponho, um objetivo concretizável. Ouvir, ver, ler e interpretar os que nunca parecem devotar qualquer tempo de qualidade, nem sequer a si mesmos, passou a ser um "emprego" a tempo inteiro, mas que tem sido um divisor de águas.
Aceito o que não posso mudar, mesmo que lute durante algum tempo, desenfreadamente, para não falhar, mas mudo TUDO o que jamais serei capaz de aceitar e é apenas assim que acordo e adormeço sendo eu mesma!
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