Quem é que pode desejar viver em modo "catástrofe" o tempo todo e todo o tempo útil duma relação? Quem poderá alguma vez escolher manter as janelas e as portas protegidas dum potencial "furacão", estando obvia e claramente preparado, mas sem nunca conseguir deixar entrar a luz? Quem é que pode aceitar que a segurança nunca seja um momento, mas apenas uma vontade?
Como é que se restaura a confiança em quem a arrancou, qual erva daninha, derramando-lhe tudo o que potencialmente destruirá o que até poderia nascer de forma bonita?
Os sinais estão sempre visíveis, até para os mais distraídos e mesmo que as emoções se interponham à razão, sabemos, de forma razoável e indiscutível, que quem não nos respeita, nunca saberá de que forma nos amar. Quem nos usa para poder subir uns quantos degraus na auto-estima quebrada, apenas nos quebrará a vontade de construir algo que permaneça. Quem nos retira da equação, enquanto adiciona outros, outras, muitos, mesmo que apenas mais um, dificilmente saberá como nos dedicar um lugar visível. Quem brinca com os sentimentos alheios, alheia-se da realidade e acredita, piamente, que só existe uma forma e formato. Quem nunca foi devidamente amado, provavelmente nunca saberá amar.
Quem é que pode escolher nunca ser escolhido?
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