Não tenho que ser, nem preciso de querer que me queiram pelo que julgam saber de mim. Não me escudo em desculpas que nunca desculpariam o que não me representasse e jamais, em nenhum dos momentos que uso para estar comigo, poderia passar o que não tenho.
Não sou parecida com o que dizem ser desejável, provavelmente porque torna tudo menos dificil de entender, mas também não dificulto o que para mim será sempre fácil. Não busco os mesmos lugares, mesmo que saiba o quanto tornaria a minha vida mais simples, se simplesmente seguisse, na passada dos outros, pelos caminhos que já desbravaram.
Não preciso do que aparentemente é necessidade comum e dificilmente me ouvirão reclamar do que não cuidei, porque é a mim que cabe caber no mundo que escolho. Não vou sem saber de que forma voltar e nunca começo o que souber não poder terminar.
Não sou feita da massa que todos mexem e remexem, até no mesmo recipiente, porque planeio ser muito mais, todos os dias, para mim, vazando-me inevitavelmente para os que amo. Não canto num timbre comum, mas sei de que forma me encantar com as músicas que eu mesma escolho e no final sou quem importa.
O que precisaria afinal de ser para poder pertencer? Provavelmente TUDO excepto quem já sei que não sou e é por isso que NÃO pretendo mudar.
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