Somos o motivo e a razão. Somos, juntos, o que nunca nos serviria separados. Somos um caminho comum e muitos outros ainda por decobrir. Somos a soma quando nos acertamos e a divisão de tudo o que acumulámos enquantos nos tentávamos multiplicar, quase sempre em vão!
Tenho procurado razões e motivos para te querer e ter visto. Tenho andado pelas montanhas dos sonhos, quando as subo e pelos vales da angústia quando aterro, ou me trago para o chão. Tenho ouvido mais músicas nas quais me desculpo pelo que me infligi, mas acabo sempre por dançar as que me impelem a continuar. Tenho aprendido a desvalorizar o que na verdade de nada me serve se não me servir a mim em primeiro lugar. Tenho testado o amor mais vezes e tenho amado na proporção do que me tornei.
Somos tão únicos e diferentes que ou nos acertamos ou acabamos onde sempre estivémos, um sem o outro e cada um sem saber do que já sabe o outro. Somos o fim anunciado após cada reinicio, mas já somos cada vez menos complexos e complicados. Somos o amor que conhecemos quando já nos julgávamos suficientemente amados, mas somos o amor que ainda nos falatava dar, por não termos sabido a quem entregá-lo. Somos, agora, a simplicidade que coloco no que antes parecia tão pesado e somos sobretudo a soma do que te recusaste a ser enquanto subtraia o que desisti de querer. Somos e seremos, para sempre, eu e tu, mesmo que nunca consigamos ser nós...
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