29.11.12

Tenho o corpo faminto...

novembro 29, 2012 0 Comments


Ando com as hormonas aos saltos, o meu corpo grita para que o cuide, está faminto, de carinhos, toque, de um simples mas forte abraço que seja. Esta noite até sonhei que alguém, um homem sem rosto me aninhava no seu peito, juro que senti a pressão dos seus braços fortes e acabei reconfortada, num sono mais profundo.

Até eu mesma tenho limites para o tempo em que fico sem companheiro, sem um outro corpo que se possa encostar ao meu e voltar a fazer de mim mulher!

Sinto saudades de fazer amor, de me arrepiar com as mãos que percorriam o meu corpo inteiro, do som dos meus gemidos, dos meus orgasmos múltiplos... estar só não fácil e chega a ser fisicamente doloroso. No entanto decidi que apenas voltarei a estar com quem me der tudo, e não apenas corpo, sobretudo alma, coração, entrega, vida!

É por querer tudo e tanto que estou para aqui a lamentar-me e a resistir à tentação de sair pela rua fora aos gritos. Oh well, some choices can be painful!

26.11.12

Gifts!

novembro 26, 2012 0 Comments



Fico sempre algo incrédula e a pairar no ar, quando oiço as amigas falarem dos presentes que os maridos, amigos, companheiros e até amantes lhes dão. Eu devo na verdade ser muito burra, ou pouco exigente, mas na verdade nunca esperei que me dessem o que quer que fosse. Quando desejo, compro eu mesma!

Agora venhamos e convenhamos, deve saber muito bem, a compota de morango (a minha favorita), ter quem nos conheça ao ponto de nos presentear sem que seja preciso pedir. Ter ao nosso lado um homem que nos surpeenda, que saiba ir à procura do que nos deixa os olhos a brilhar.

Que bom deve ser!

15.11.12

Please...

novembro 15, 2012 0 Comments

Dei comigo a cantar bem alto enquanto conduzia de volta para casa, após um dia muito longo de trabalho. A adrenalina invadiu todo o meu corpo e pude imaginar-me a dançar, descomprimindo de imediato e sentindo-me pronta para as restantes horas que sempre ainda me esperam. Aulas, filhotes, casa, vida!

Eis que no final da música acabo a sentir um enorme vazio, por não te ter por perto, não te saber, não te poder tocar, olhar, cheirar… e pronto, fiquei de novo cinzenta, triste e encolhida sob o que sou realmente, uma mulher só, que ainda não se encontrou, que não te ultrapassou, que não está a conseguir tirar-te da pele, do pensamento!

Gritei , forte, deixei sair toda a minha angústia e desespero, o mesmo que havia decidido não permitir de volta, mas de quando em vez, tu assolas-me, ensombras a minha existência, tornas inútil tudo o que construo com tanta entrega. Sem ti, nada faz realmente sentido. Odeio-te por me roubares minutos, horas da vida que quis partilhar contigo. Odeio-te tanto quanto te amo, desesperadamente, com tudo o que tenho para te dar e do qual fugiste.

Liberta-me, por favor, imploro-te, deixa-me continuar a viver, a sonhar outro alguém na minha vida. Deixa que te entenda, que te tenha de novo e perceba se és na verdade o homem que continuo a sonhar, sempre, a dormir e acordada. Preciso de te voltar a sentir, forte, dentro de mim, tirando-me o ar pelo prazer e pela dor que me provocavas. Dor sobretudo perante a possibilidade de não te voltar a sentir.

Vem, agora, de novo. Diz-me, fala-me até que eu perceba quem és de verdade e porque ficou a minha alma presa à tua!

Please…

8.11.12

Estás Aqui!

novembro 08, 2012 0 Comments



Estava ainda a tempo para a reunião, mas os minutos teimavam em correr à mesma velocidade que eu. Deslocara-me a Lisboa de comboio e apanhara o metro onde a Rute me esperava à saída da estação do Rato. Odeio não cumprir horários e assim que me sentei no carro, respirei fundo e relaxei por segundos olhando pela janela tantas outras pessoas de passos apressados, estranhos, corpos sem rosto!

- Podes ficar tranquila que ainda teremos tempo para um café. Estou ansiosa por te ter como colega de trabalho e de casa, isso é que vai ser farrar e tagarelar até altas horas da noite.

Largou-me uma gargalhada sonora e fez-me sorrir perante os momentos que antecipava de puro prazer e partilha. Já somos amigas faz mais de 10 anos e partilhámos sempre tudo nas nossas vidas. Quando o Rui partiu, após as minhas recusas repetidas em o seguir para Londres, foi a Rute que me deu colo e me segurou as mãos enquanto chorava de arrependimento. Deveria tê-lo seguido até aos confins do mundo, mas julguei-me forte e determinada o suficiente para trilhar o meu percurso sozinha, no entanto bastou uma semana para que percebesse que nada voltaria a ser como antes e que tudo deixara de fazer sentido sem a sua presença. Se arrependimento matasse...

Fazemos contas, pesamos medimos, mas esquecemos sempre de ouvir o coração, é na verdade ele quem comanda tudo e se não estiver satisfeito, corrói-nos, mata-nos, seca-nos!

- PÁRA RUTE!!

Gritei tão alto que até eu me assustei. Quase que a fiz provocar um acidente perante o tom desesperado da minha voz. Não me lembro sequer de ter aberto a porta do carro, mas sei que o reconheci na multidão que passava sem rosto. Reconheci-lhe o caminhar, os ombros largos, os cabelos loiros como o sol. Tudo nele era diferente e familiar. Era o homem que já tivera e que sabia hoje amar mais do que a mim mesma.

- RUIIIIII!!

Não sei se algum som chegou sequer a sair da minha boca, mas ele voltou-se, olhou-me, viu-me e um segundo depois estava nos seus braços que me apertaram até me deixar sem ar.

- Desculpa, desculpa meu amor, perdoa-me por favor. Não sei viver sem ti, não quero, preciso de ti, a vida assim...

Calou-me esmagando-me os lábios com os seus. O meu corpo estremeceu e senti as pernas falharem-me. Levantou-me no colo e sorriu-me compreensivo. Ele sabia, sentia e estava aqui, jamais lhe voltaria a recusar-me,  precisava do ar que respirava para que fosse também o meu. Não queria ser mulher pela metade, queria-o a ele, todo, sempre!