Tenho a sensação de que estive isolada do mundo, durante 3 dias. Durante mais de 4320 minutos, fomos apenas nós os dois, nem me consigo lembrar de qualquer outra coisa que tenha acontecido no decorrer de tantas conversas, longas, quentes e envoltas no que somos ambos. Bateste-me aos pontos, só podias mesmo, porque eu tenho sempre um medo terrível de ultrapassar a barreira do razoável. Quando as palavras saem, ficamos sem forma de as trazer de volta, está dito, está dito...
Quem é que me iria dizer, nesta altura da minha vida, que chegaria alguém como tu, com todo esse fogo que te consome e a todos ao teu redor e me farias questionar o que ando a fazer aqui? Deste-me tudo e eu recebi, fechei os olhos e embarquei sem sequer olhar para o destino do navio, forçando-me a acreditar que se eu permitisse, seria natural e aconteceria. Mas como eu me conheço, quando não estou confortável, quando o corpo reage ao que o coração pede, mas a mente não deixa, entro em ebulição, fico a lutar comigo mesma, vencendo até hoje a sensata.
Vamos ver como me reajusto agora. Quanto tempo demoro a voltar ao lugar de partida. Fui, tive muito, mas voltei rápido, a temer pisar o pedaço de chão de onde já não poderia recuar mais.
Estes dias contigo dentro equivaleram a muitas viagens numa montanha russa e talvez por isso ainda esteja zonza!
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