Quem tens final?




Quem é que te ilumina e guia? De onde vais beber da força e da determinação, até quando a seca se instala? Para onde olhas de cada vez que o que vês te deixa desiludida e quase derrotada? Quem é a tua pessoa de eleição, a que nunca te deixa na mão e te socorre dos males da alma?

O caminho para uma solidão acompanhada é longo e cheio de obstáculos. A ponte que terá que nos trazer de volta, mas que nem sempre nos leva até onde precisaríamos de estar, precisa de ser construída, mantida e na maioria das vezes refeita. Os lugares, outrora familiares, também poderão deixar de fazer sentido, se te sentires diferente e renovada.

Quem é que te ouve, escutando-te, para lá das palavras que sabes tão bem usar? De que ponto e momento arrancas quando tudo parece querer manter-te estática e inalterável? Para que precisas de quem nunca precisará de ti, ou muito provavelmente apenas te usará, se já te bastares? Quem tens que esteja ao alcance dum suspiro, ou de uma lágrima por derramar? Quem és sozinha, depois de já teres sido alguém que hoje não reconheces, quando estavas acompanhada?

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